O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na última quinta-feira (15), os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que inclui dados sobre desemprego, rendimento médio, subutilização da força de trabalho, entre outros indicadores.
Em Pernambuco, a taxa de desemprego diminuiu, de 12,4% no primeiro trimestre para 11,5% no segundo trimestre. Contudo, Pernambuco lidera a taxa de desemprego entre os estados, posição que no primeiro trimestre era ocupada pela Bahia. Ainda assim, é relevante destacar que essa é a menor taxa de desemprego em Pernambuco desde 2015. O rendimento médio do trabalho em Pernambuco aumentou de R$ 2.040 para R$ 2.185.
No âmbito nacional, o cenário apresentou uma melhora, com a taxa de desemprego recuando de 7,9% para 6,9% entre o segundo e o primeiro trimestre de 2024. No ano passado, a taxa de desemprego nacional estava em 8%. Este é o menor índice de desemprego desde o quarto trimestre de 2014, quando a taxa chegou a 6,6%. O rendimento médio do trabalho também registrou um aumento nacional, passando de R$ 3.067 no primeiro trimestre para R$ 3.113 no segundo trimestre, representando um avanço de 5,5% em relação ao ano anterior.
“Embora Pernambuco tenha registrado uma leve melhora em sua taxa de desemprego no segundo trimestre, a redução do desemprego é uma notícia positiva em consonância com o aumento do rendimento médio do trabalho. No entanto, é fundamental analisar que o estado ainda lidera o ranking de desemprego no Brasil. É necessário que esse crescimento no rendimento seja acompanhado de uma melhoria na qualidade dos empregos, com maior formalização e melhores condições de trabalho. Afinal, um emprego de qualidade é essencial para garantir a dignidade e o bem-estar da população. Os resultados da PNAD demonstram que o Brasil avança na recuperação do mercado de trabalho. Entretanto, a persistência de altas taxas de desemprego em alguns estados, como Pernambuco, exige atenção especial”, afirmou Rafael Lima, economista da Fecomércio PE.