Ação promovida pela Fecomércio-PE trouxe representantes do Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal para dialogar com empresários e microempreendedores do varejo sobre ofertas de crédito e relacionamento com as instituições bancárias
“Inovação e Novas Linhas de Crédito para o Comércio” foi o tema da websérie realizada pela Fecomércio-PE, nos últimos dias 9, 10 e 11 de abril. Com o objetivo de trazer assuntos relevantes para a sociedade, empresários do comércio e microempreendedores locais, a Federação convidou representantes do Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal, para discutir sobre a oferta de linhas de crédito, investimentos internos em tecnologia e inovação, além das novas ofertas de crédito conforme as atualizações do Copom e da taxa Selic. Os episódios foram transmitidos pelo canal do YouTube da Federação e estão disponíveis para consulta no link: www.youtube.com/FecomércioPernambuco.
Segundo Felipe Freire, presidente da Comissão de Crédito da Fecomércio-PE, que comandou o bate-papo durante os três dias, a websérie foi importante para que os comerciantes, empresários e microempreendedores pernambucanos pudessem entender, junto aos bancos, como as novas mudanças da Taxa Selic impactam na busca dos mesmos por uma nova linha de crédito ou um investimento bancário. “A gente vê a Selic baixando, o cenário mudando constantemente e consequentemente as linhas de crédito e os produtos bancários acabam tendo alterações constantes, mas que muitas vezes não são repassados. Então, o objetivo dessa websérie foi expor aos empresários os produtos mais atuais, as taxas e também os investimentos que cada banco vem fazendo para poder oferecer serviços melhores e mais rentáveis para o comércio”, ponderou.
Bancos – No primeiro bate-papo, Hugo Queiroz, superintendente do Banco do Nordeste, detalhou as opções de crédito oferecidas pela instituição, destacando as oportunidades para os empresários expandirem seus negócios. Também discutiu os esforços de simplificação dos serviços bancários e as estratégias mais eficazes para os empresários e microempreendedores acessarem o suporte financeiro disponível.
No segundo episódio, Freire recebeu o superintendente executivo de Varejo da Caixa Econômica Federal, Diogo Teixeira, que destacou a principal dificuldade enfrentada pelos empreendedores e microempresários ao iniciar um relacionamento com o banco: a formalização de renda. Segundo ele, muitas empresas apresentam baixo faturamento fiscal, prejudicando a concessão de crédito.
Teixeira também observou a falta de conhecimento das linhas de crédito disponíveis no mercado, tanto em termos de investimento quanto de capital de giro, com ou sem garantia. Essa falta de conhecimento pode atrapalhar o início da jornada de crédito com os bancos e, consequentemente, o relacionamento com eles. E pontuou: “O que eu gostaria de chamar a atenção, também, é a necessidade do início do relacionamento, porque quando a gente fala de concessão de crédito, a gente fala ali em duas situações. Primeiro, o conhecimento, que falei a pouco. E a outra, é que quando a gente fala em relacionamento bancário, a gente muitas vezes busca a solução financeira quando gera a necessidade. No entanto, gosto justamente de dizer o contrário. O relacionamento bancário precisa iniciar antes da necessidade do crédito. O banco precisa conhecer a sua empresa, conhecer você como pessoa física, conhecer a sua operação, seus fluxos e os seus pagamentos, além dos recebíveis, porque isso influencia diretamente na concessão, diretamente no limite de crédito, porque obviamente é um mitigador de risco”, avaliou Teixeira.
No terceiro e último encontro, o superintendente do Banco do Brasil, Henrique Freire Dantas, destacou a abrangência da estrutura do banco em Pernambuco e ressaltou o potencial de negócios na região. Ele enfatizou o papel do Banco do Brasil em apoiar os empresários em seus projetos de investimento, oferecendo suporte para o crescimento das empresas, a abertura de novas lojas e a modernização das existentes. Henrique também mencionou a importância das linhas de investimento para o desenvolvimento econômico, citando o impacto positivo que essas linhas tiveram em outras regiões do país.
Em relação às taxas de juros e ofertas de crédito e serviços conforme a queda da taxa Selic, o superintendente do Banco do Brasil respondeu: “Por política interna do banco, sempre que há uma nova definição da taxa de juros Selic, nós reprecificamos nossas operações seja para pessoa física, seja para pessoa jurídica. Falando especificamente em pessoa jurídica, temos uma estratégia que temos adotado e muitos empresários têm trabalhado com ela, que são as linhas indexadas ao CDI. O CDI tem muita correlação com a taxa Selic, ele anda muito próximo à taxa Selic. No entanto, esperamos que ela possa cair um pouco mais rapidamente, para chegarmos a um patamar de taxa de juros que atenda com ainda mais força ao empresariado, o que já conseguimos nessas linhas indexadas ao CDI”, afirmou Dantas.