A intenção de comemorar o Dia dos Pais caiu, mas quase metade dos empresários/gestores espera vender mais que o mesmo período do ano passado
A economia brasileira apresenta uma inflação baixa e controlada, com possibilidade de encerrar o ano abaixo de 4%. Contudo, alguns dados ainda preocupam o brasileiro, como o elevado índice de desemprego, a ampliação da informalidade no mercado de trabalho e o ritmo de crescimento lento do comércio varejista. Neste contexto, é comum que o consumidor esteja cauteloso com respeito a intenções de compra. Este cenário, impacta também a Sondagem de Opinião no Comércio Varejista da Região Metropolitana do Recife (RMR), realizada pela Fecomércio-PE em parceria com o Sebrae, visando captar intenções dos consumidores e expectativas dos empresários/gestores com respeito a compras motivadas por comemorações no Dia dos Pais.
Este ano, 76% dos consumidores entrevistados revelam intenção de comemorar o evento. Esse percentual é menor do que o observado no ano anterior, quando 80,5% dos entrevistados pretendiam comemora a data. O gasto médio que os consumidores têm de utilizar para compra de presentes, no entanto, alcança R$ 192,00, quantia superior ao valor médio estimado em 2018, quando ficou em R$ 169,00.
Artigos de vestuário e acessórios continuam sendo a opção preferida pelos consumidores para presentear os pais, alcançando 45,7% das indicações, e a segunda preferência das pessoas é por perfumes e cosméticos, com 20,7% das indicações, seguido por calçados e acessórios, com 17,9%. As lojas do comércio tradicional são o canal de compra preferido pelos consumidores, indicando 57% dos consultados. Já a intenção de realizar compras de presentes em lojas situadas em shopping centers representa 32,9% dos consumidores. O comércio eletrônico e por catálogo ainda são opções pouco citadas para as compras dos presentes, constituindo alternativas indicadas por apenas 2,8% e 3,9% dos consumidores, respectivamente.
Na hora de pagar, o dinheiro em espécie continua sendo a principal forma indicada na compra de presentes, sendo apontada por 43% dos entrevistados. O cartão de crédito fica em segundo lugar, sendo alternativa para 33,2% dos entrevistados. Mesmo com a compra de presentes sendo a opção mais escolhida, representando 72,4% das intenções, também é representativa a parcela dos que pretendem comemorar o evento confraternizando em casa, como mostra os 41,7% das pessoas entrevistadas. Em menor proporção, manifesta-se o desejo de comemorar o Dia dos Pais em restaurantes, bares ou lanchonetes, que ficou em 18,1% dos consumidores.
Expectativa dos empresários – A expectativa dos empresários/gestores do comércio é de que as vendas para o Dia dos Pais este ano sejam melhores do que as do ano passado. Quase metade deles, ou seja, 48,4%, esperam vender mais do que o mesmo período do ano anterior. Já nos serviços de alimentação esse número chega a 41,5%. É esperado um aumento de 8% das vendas entre os estabelecimentos do comércio e, entre os prestadores de serviços alimentares, a média é de 6,1%.
A sondagem deste ano mostra que a expectativa de melhor volume de vendas no segmento do comércio, comparativamente ao observado no evento do ano passado, ocorre em estabelecimentos localizados em shopping centers, com 61,1% dos entrevistados. Entre os prestadores de serviços de alimentação, tal expectativa se dá nos estabelecimentos situados em áreas do comércio tradicional, com 45%.
A perspectiva de contratação de mão de obra temporária continua baixa em todos os tipos de estabelecimentos do comércio. Apenas 6,2% dos estabelecimentos do varejo deverão contar com funcionários extras, durante o período das vendas. Tal indicador é um pouco maior nos serviços de alimentação, com a propensão de contratação de 11,7%.
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