A sala de aula nem sempre cria um ambiente propício ao aprendizado. E os professores precisam entender que é possível o aluno aprender de maneira mais fácil, sem sofrimento, usando recursos e ferramentas que fazem parte de sua realidade ou da própria escola. Essa foi a proposta da oficina “Educação e tecnologia na reinvenção da sala de aula”, ministrada pelo pedagogo, pesquisador e professor de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Luciano Meira, durante o XV Congresso Internacional de Tecnologia na Educação, no Centro de Convenções de Pernambuco.
A oficina estimulou e desafiou os participantes a pensarem formas diferenciadas de se ministrar disciplinas sem utilizar modelos já padronizados de ensino. As apresentações dos participantes apontaram para a necessidade de se utilizar a linguagem do aluno e interagir com o mundo dele a partir de tecnologias, smartphones, aplicativos e músicas usadas por eles. Foram apresentadas diversas experiências e ideias pensadas pelos participantes da oficina para solucionar a falta de criatividade em sala de aula.
Segundo Meira, inovação é simular ambientes externos dentro da sala de aula e trazer a realidade do aluno para dentro da aula. É tirar uma realidade de um campo e inserir em outro ambiente. É pensar fora da caixa. “Aliás, nem deveria existir caixa para falar de inovação, pois caixa remete a algo hermético, guardado. A menos que seja uma caixa de surpresas, como a caixa do mágico. É surpreender o aluno com aquilo que ele não esperava. Ele sugere que se faça da “aula diferente” o cotidiano da escola, e que se construa uma rede de inovação onde estas práticas sejam comuns e não esporádicas na escola. Afinal, a aprendizagem é um fenômeno dialógico. “As coisas que a gente lembra sempre são as que são ‘narrativizadas’. Pois uma narrativa faz sentido e estimula o aprendizado. Hoje não vivemos mais a era da educação centrada no aluno, no conteúdo, mas sim centrada nas relações entre aluno e professor”.
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