Durante o Fórum de Debates, a economista Tania Bacelar destacou o comércio e os serviços como pontos fortes da economia local
Empresários de Paudalho, Carpina e cidades do entorno participaram do Fórum de Debates : Mata Norte e suas potencialidades, na Escola Técnica de Paudalho , na noite desta quinta-feira (18/05). O evento, realizado pelo Sistema Fecomércio-PE, em parceria com o Sebrae-PE e apoio do Senac, da Prefeitura de Paudalho e da Escola Técnica Estadual de Paudalho, contou com palestra da economista e sócia da Ceplan Consultoria Tania Bacelar, sobre os principais entraves da economia brasileira e regional e as perspectivas para a Mata Norte de Pernambuco.
A diretora do Instituto Fecomércio-PE, Brena Castelo Branco, destacou a importância do debate sobre inovação entre os empresários. “A Fecomércio-PE quer com eventos como este fomentar o debate e atualizar os empresários sobre o cenário. Em nome do presidente do Sistema Fecomércio-PE, Josias Albuquerque, quero reafirmar o nosso compromisso em apoiar o desenvolvimento da Mata Norte por meio de ações como esta”, disse.
Para o prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, a região precisa se modernizar e o fórum é um passo para isto. “Nossa região é essencialmente canavieira. No entanto, precisamos nos reinventar para atender as novas demandas de mercado e desenvolver a nossa economia”, afirmou.
Durante o encontro, a economista Tania Bacelar trouxe um panorama nacional e regional da situação econômica. “Para encontrar qualquer perspectiva regional, é preciso reencontrar um ambiente econômico favorável nacional. E a economia nacional encontra-se em crise, principalmente, afetado pela crise política. Pernambuco, particularmente, veio de um período muito bom nos últimos anos, por isso, sente com muita força os impactos da crise”, detalhou.
Para a economista, a região da Mata Norte de Pernambuco tem um grande potencial no setor de serviços e comércio. “A região já demonstra uma importante diversidade das atividades econômicas. E isso é um ponto importante para o desenvolvimento do setor de serviços e comércio. Cidades como Carpina e Timbaúba já apresentam um bom desempenho no varejo”, explicou.
INOVAÇÃO
Segundo dados do Sebrae, a taxa de sobrevivência das empresas nos dois anos seguintes a sua abertura, em 2012, chegou a atingir 76,6% das empresas brasileiras. Em 2016, este índice foi de 57%, o motivo desta queda drástica, segundo o consultor em Desenvolvimento Empresarial e Sustentabilidade, João Cavalcante, além da crise econômica é a necessidade urgente das empresas inovarem e mudarem a maneira de pensar a gestão empresarial. Nós temos a mania de enxergar fatores externos como o causador da crise. Mas precisamos olhar para nosso comportamento organizacional e identificar nossos erros na gestão e inovar”, disse.
De acordo com João Cavalcante, a inovação não precisa de altos investimentos, muito menos ideias mirabolantes. “Criar é se mexer, agregar valor ao seu produto. Mudar a maneira de pensar a gestão. O cliente busca felicidade ao comprar. O consumo deixou de ser há muito tempo um ato econômico e passou a ser uma experiência. E os empresários precisam estar atentos a isso”, enfatizou.
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