O Índice de Consumo das Famílias (ICF) Pernambucanas apresentou variação positiva de 1,3% no comparativo anual, mostrando que existe uma recuperação em curso, mesmo que a tendência venha mostrando uma recuperação modesta, com pequenas quedas em alguns meses. Já no comparativo mensal, o indicador caiu pelo quarto mês consecutivo, apontando uma deterioração da percepção dos consumidores. O ICF se encontra desde agosto de 2015 na zona negativa, abaixo dos 100 pontos, mostrou variação de -0,8% entre os meses de maio de junho de 2017. Vale destacar que quando a análise avalia as famílias pelo nível de renda, os consumidores passam a mostrar dois tipos de percepções, uma negativa com as famílias de rendimento inferior a 10 salários mínimos, e outra positiva, acima dos 100 pontos, com famílias com rendimento acima de 10 salários mínimos. Os mais pobres ainda apresentam comportamento mais conservador, pois são os mais impactados pelo alto desemprego, que segundo o IBGE, atinge mais de 14 milhões de brasileiro e mais de 600 mil pernambucanos.
Quando se analisa os subindicadores que compõem o ICF-PE, verifica-se uma queda na satisfação dos pernambucanos em relação ao emprego atual, a parcela que se diz menos seguras em relação a manter-se no emprego é de 18,5%, enquanto que os seguros são 15,4%. A perspectiva profissional ainda é de maioria negativa, sendo assim, a maior parcela dos entrevistados esperam um cenário mais difícil para o emprego no longa prazo, porém o índice se mostra em melhor situação que em junho de 2016, com alta anual de 12,4%. No que se refere a renda atual, a população que diz estar com uma renda menor que no ano anterior é a maioria, com o índice mostrando recuos no comparativo mensal e anual. Segundo os consumidores às compras a prazo estão mais difíceis, além disso, a maioria dos pernambucanos informam estar comprando menos e avaliam que o cenário é ruim para a compra de duráveis.
Vale destacar também que as famílias de rendimento inferior a 10 s.m. possuem todos os sete subíndices na zona negativa, com os menores níveis de satisfação o nível de consumo atual e o momento para duráveis. Já os de maior rendimento se encontram apenas com os índices de momento para duráveis e a perspectiva de consumo com avaliação negativa.
De maneira geral o ICF-PE vem mostrando números melhores que em 2016, porém é fato que nos últimos resultados o indicador vem atravessando uma queda mensal no consumo das famílias. Taxa de inflação e juros são os principais indicadores que explicam esta melhora anual, já a taxa de desemprego e o cenário político, podem configurar como os grandes desafios da retomada econômica no estado e no país.
Fonte: Instituto Fecomércio-PE
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