Para atrair o consumidor cada vez mais exigente, o lojista deve ir muito além do preço competitivo. Em tempos onde o e-commerce cresceu 11% em 2016 e possui uma expectativa de aumentar suas vendas ainda mais em 2017, os pontos de vendas precisam trazer diferenciais. Diante deste cenário, o Instituto Fecomércio-PE, o Camará Shopping e o Sebrae-PE, promoveram o 3º Encontro Empreender Arquitetura sobre design do ponto de venda para debater com especialistas e empresários as mudanças e estratégias para o segmento, na última terça-feira (6/6), no Camará Shopping.
Durante o encontro para mais de 100 empresários de Camaragibe e cidades vizinhas, o consultor Manoel Alves, arquiteto com especialização em Visual Merchandising e Design de Lojas, abordou a importância da ambientação da loja para dar suporte às estratégias de marketing. Para o especialista, a função da administração do shopping é atrair pessoas para o centro de compras, já a do lojista é convencer o cliente a entrar na loja e comprar.
“É preciso pensar estrategicamente a arrumação da loja, a disposição de mercadorias. O cliente ao entrar no ponto de venda quer ter uma experiência, estar em um lugar diferente. O lojista precisa convencer ao consumidor, especialmente em um shopping, que vale a pena interromper o passeio ao cinema para entrar na sua loja”, enfatizou.
Para o arquiteto Pedro Caribé, membro do Retail Design Institute, o varejo pode aumentar valor do seu produto por meio da melhoria da ambientação da loja. “ À medida que o lojista consegue mostra seu propósito, oferecer uma experiência de compra com uma história, integrando o seu consumidor ao espaço, ele agrega valor à marca. E o preço deixa de ser significativo”, explicou.
De acordo com Pedro Caribé, não é necessário o uso de materiais caros para incrementar o visual do ponto é venda. “O importante é saber utilizar bem o material. Você pode fazer uma loja linda com um material sofisticado e também com materiais simples”, afirmou. Além de agregar valor ao produto, o planejamento do ambiente traz a satisfação do cliente, do colaborador e cria um espaço favorável para o crescimento da marca. “O sucesso é medido não só pelas vendas. A satisfação de quem trabalha faz com o que os negócios deem certo. A empresa do futuro é aquela que as pessoas trabalham felizes”, ressaltou.
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