Escrever ainda é um bicho de sete cabeças para muita gente. Principalmente, em meio às mídias sociais e mudanças do acordo ortográfico, que já está vigente no Brasil. Pensando nisso, a professora de Português e Redação Fernanda Bérgamo ministrou, na tarde desta quinta-feira (21), a oficina “A comunicação escrita em tempos de mudança tecnológica”, durante o XV Congresso Internacional de Tecnologia na Educação.
Fernanda, que atua há mais de 25 anos como professora e consultora, pontua que é preciso adequar a linguagem em tempos de mudança tecnológica. Ela destaca que equívocos no texto fazem a comunicação perder a credibilidade. “É muito comum ver as pessoas errando o uso da crase, da vírgula e do verbo haver. Desde criança, fomos ensinados que a vírgula é uma pausa na respiração. E, no caso, a vírgula nada tem a ver com isso. Seu uso está ligado às regras gramaticais. Sem falar que a grande maioria ainda separa o sujeito do predicado com uma vírgula, um erro gravíssimo”.
Entre as dicas da oficina, Fernanda ressalta que, para ter clareza no texto, é melhor usar períodos curtos e médios. Se não tem domínio da pontuação, seja objetivo. “Evite repetições e escrever palavras complexas e rebuscadas que você não tem domínio. Escrever de forma rebuscada não é sinônimo de escrever bem. O importante é falar o suficiente, de forma concisa”. Ao longo da oficina, a professora falou em como adequar a linguagem às mídias sociais e ambientes profissionais. Entre os maiores problemas, ela citou o Whatsapp, cujo corretor é o calo da grande maioria de seus usuários e chamou atenção para linguagem inadequada, muito informal ou formal demais em grupos profissionais e ambientes corporativos.
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