O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de Pernambuco, que mede a percepção que os empresários do comércio têm sobre o nível atual e futuro de propensão a investir em curto e médio prazo, mostrou uma elevação modesta em julho de 2017. O índice teve variação mensal de 0,1%, quebrando o movimento de dois meses consecutivos de queda, enquanto que a variação anual mostrou melhor resultado, com crescimento expressivo de 12%.
É importante frisar que entre os indicadores que compõem o Icec-PE os maiores crescimentos anuais são da percepção da Condição Atual da Economia (124%), do Setor (60%) e da Empresa (36%), refletindo a melhora do cenário econômico, como a queda da inflação, a redução da taxa básica de juros, o saldo positivo mensal de empregos formais e a melhora na confiança dos consumidores. A avaliação mensal das condições atuais também mostraram melhora mensal, com altas de 5,2%, 5,2% e 3,1%, respectivamente. A maioria dos empresários de Pernambuco afirma que existe uma melhora modesta em relação a 2016.
A percepção em relação aos investimentos também se mostra positiva e com melhora mensal e anual. A expectativa de contratação de funcionário mostrou alta de 8% em relação ao ano anterior, variação positiva também nos indicadores que avaliam o nível de investimento da empresa (19%) e na situação atual do estoque (9%). Estes resultados mostram um empresário pernambucano mais otimista em relação ao ritmo de vendas.
Na outra ponta, a única avaliação negativa do empresariado é em relação ao futuro, com quedas na percepção da expectativa da economia brasileira, do setor do comércio e da empresa. Porém, os indicadores ainda se encontram na zona positiva de avaliação (acima dos 100 pontos), o que configura um recuo devido a alguma deterioração de variável que possa alterar o planejamento de longo prazo, podendo ser justificado pela intensa crise política pela qual passa o país, agravada nos últimos dois meses devido a denúncias envolvendo o presidente da República, gerando incertezas para o futuro político e econômico do Brasil.
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