O Instituto Fecomércio-PE lançou, na manhã do dia 11 de julho, em parceria com o Sebrae Pernambuco, o estudo Oportunidade de Feiras e Eventos de Negócios em Pernambuco. O levantamento é inédito e contou com apresentação da economista Tania Bacelar, da Ceplan Consultoria
Segundo levantamento feito pela pesquisa, a realização de eventos de negócios envolve integração de diversos segmentos produtivos, especialmente dos serviços, locação de espaços, passando ainda por montagem de estruturas e instalação de sistemas elétricos e de comunicação, e serviços da cadeia do turismo. “Cerca de 90% dos empresários ligados à área acreditavam, no primeiro semestre de 2017, que este ano iria conseguir crescer. O otimismo estava melhor do que em 2016”, explicou Tania Bacelar. Os eventos representam uma importante estratégia de agregação de valor à economia, provocando articulação de diversos segmentos produtivos. Segundo o estudo “II Dimensionamento Econômico da Indústria de Eventos no Brasil – 2013” (SEBRAE e ABEOC, 2013), as atividades relacionadas aos eventos geraram, em 2001, uma receita bruta de R$ 37 bilhões, representando 3,1% do PIB. Essas atividades geravam, em 2013, R$ 209,29 bilhões – cerca de 4,32% do PIB nacional. “Apesar da crise, o patamar de crescimento do setor está em 4,5%. No Brasil de hoje isso é excelente”, ratificou a economista.
O Sudeste concentra 52% dos eventos realizados no país, mantendo a mesma proporção apresentada em 2001. A região Sul perdeu participação nesse conjunto, sediando 15% em 2013 face aos 19% que sediava em 2001, enquanto a região Nordeste passou de 15% para 18% no mesmo período. A periodicidade dos eventos costuma ser anual ou bienal, decisão que normalmente parte das estratégias dos promotores e organizadores de acordo com o aquecimento ou com a lógica de desenvolvimento de cada segmento produtivo. Já quanto à abrangência, as feiras e eventos de negócios classificam-se em local, regional, nacional e internacional.
De acordo com a pesquisa, durante a realização de feiras de negócios, o gasto médio diário dos participantes no local alcança R$ 161,76, valor que chega a R$ 437,16 entre os não-residentes. O estudo ainda levantou que Pernambuco é o principal Estado para rodadas de negócios no Norte e no Nordeste devido à notável infraestrutura do Recife, que conta com um dos principais centros de convenções do país, o CeconPE, e, segundo o Ministério do Turismo, é o destino turístico mais competitivo da região. Caruaru também já comprovou potencial para sediar eventos de médio e grande porte, sobretudo no segmento de varejo de moda e confecções. Outro ponto considerado sobre as atividades de eventos no Brasil é o caráter trabalho-intensivo dessa atividade, com 9,5 funcionários fixos por espaço físico e 15,2 funcionários fixos por empresa organizadora. A web vem se destacando como principal forma de divulgação desse tipo de evento e têm ganhado espaço para os veículos tradicionais, como jornais e revistas, outdoors, rádio e televisão.
As áreas mais promissoras elencadas pela pesquisa são: bebidas, tecnologia da informação, comunicação, economia criativa, desenvolvimento portuário, segmento farmacoquímico, fruticultura irrigada, mercado pet, fitness, terceira idade e LGBT. “Pernambuco, por exemplo, é o terceiro maior exportador de cachaça do país em volume. É um segmento com muito potencial”, destaca Osmil Galindo, economista da Ceplan, que também participou da apresentação do estudo.
Novo pavilhão – Ao encerrar o evento, o presidente do Sistema Fecomércio-PE, Josias Albuquerque, anunciou que irá construir um pavilhão para a realização de feiras e eventos, em Caruaru, ao lado do Centro de Convenções do Senac. “Estamos em fase de negociação e temos certeza que será um grande ganho para toda a região”, ressaltou.
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