Na entrevista ao Valor Econômico, Carlos Thadeu de Freitas afirma que as famílias estão em um processo de desalavancagem (redução de dívida) bem mais acentuado do que as empresas, cujo nível de endividamento ainda é muito preocupante. Nesse contexto, explica, o aumento das renegociações deve continuar, mas isso não deve implicar em retomada rápida do consumo. “As famílias estão desalavancando mais rápido que as empresas, mas estão sem consumir e sem tomar crédito novo”, disse, lembrando que o País vive um momento de elevado nível de desemprego e queda da renda. Preocupado com o nível de endividamento das empresas, o economista defende que o governo faça uma espécie de “Proer das empresas”, estimulando negociações de dívidas do setor privado com o sistema financeiro por meio da liberação de depósitos compulsórios. “O quadro requer cuidado, precisa de medidas mais pró-ativas para consertar a situação”, afirmou, defendendo que esse programa também se estenda às pessoas físicas, apesar de o problema, para ele, ser menor nesse caso. Carlos Thadeu também defende que a taxa de juros básica caia mais rapidamente. “Há uma austeridade excessiva. É preciso salvar o setor real da economia”, afirma. (Valor Econômico – Segunda-feira, dia 7)
Fonte: CNC
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