*Por Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE (rafael.lima@fecomercio-pe.com)
Em janeiro de 2024, o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec) refletiu uma deterioração nas avaliações empresariais acerca do desempenho da economia brasileira e do comércio em Pernambuco. Com isso, a contratação de funcionários e a realização de investimentos foram impactadas.
O Icec para janeiro indicou que os grupos que comercializam bens duráveis permanecem pessimistas em relação à situação econômica brasileira: 66,5% dos empresários desse segmento apontaram uma piora nas condições econômicas. Essa percepção alinha-se à pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que mostrou que a maioria dos consumidores brasileiros (50,2%) considera este um mau momento para adquirir bens duráveis.
Para o presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, a recuperação do Icec, em janeiro, é um sinal positivo a nível nacional para o início de 2024. “Aponta um otimismo moderado, aliado à melhora das condições atuais do setor, mas com a prudência necessária diante do atual cenário”, afirma Tadros. Para ele, a confiança dos varejistas junto aos dados da pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que mostraram maior predisposição das famílias brasileiras para consumir, reflete um equilíbrio entre otimismo e cautela.
Com relação ao cenário pernambucano, a percepção é que ele rumou para caminhos mais complexos. “A confiança nos setores de produtos duráveis experimentou uma redução significativa de 17%, nos últimos 12 meses, espelhando um contexto desafiador. A percepção empresarial, frequentemente vinculada às condições do mercado de trabalho estadual, pode sofrer impactos negativos diante da instabilidade do desemprego, gerando incertezas nos negócios”, explica o economista da Fecomércio PE, Rafael Lima.